sexta-feira, 26 de junho de 2009

Desabafo de um jornalista cadeirante



Meu nome é Piero Vergílio, 25 anos, jornalista, residente em Sorocaba/SP, CADEIRANTE.
Perdoem-me, mas esta mensagem é um desabafo e, desde já, deixo claro que meu objetivo passa longe de despertar a compaixão e a piedade de vocês. Nunca, em nenhum outro momento, se falou tanto em inclusão dos portadores de necessidades especiais: quem não acompanha a questão de perto, vê as campanhas do poder público, os discursos do empresariado, as leis de cotas, pode até ter a impressão de que ela acontece de que a inserção dos portadores no mercado de trabalho é uma realidade.
Todavia, na prática, a história não funciona bem assim. Desde 2005, ano em que conclui o curso superior de Jornalismo, tenho batalhado, incansavelmente, por uma vaga no mercado. Sem querer parecer pretencioso, sei da qualidade do meu trabalho e do meu potencial. As pessoas para as quais já trabalhei podem confirmar isso. Apesar disso, essa não é uma batalha fácil: o meu empenho, neste período, me rendeu boas oportunidades (todas freelas, sem vínculo empregatício), que, graças a Deus, aparecem com relativa constância, mas ainda estão longe de me garantir estabilidade necessária para que eu possa me sustentar com os meus ganhos. Em resumo: ainda não consigo viver da profissão que escolhi.
Faço aqui uma ressalva para agradecer, coletivamente, a todas as pessoas que já me ajudaram e demonstraram confiança no meu trabalho. Sou imensamente grato a todos que já me estenderam a mão (não há a necessidade de citar nomes, pois vocês sabem do meu carinho). Agradeço a todos que tiveram a grandeza de ler esta mensagem até o fim.



UPDATE DEZ/2011: Esse texto foi escrito, originalmente, em 2009. Como ele permanece entre os posts mais acessados deste blog, faz-se necessária uma atualização. Desde então, muita coisa boa aconteceu. Conquistei meu espaço na REVISTA REGIONAL e também na REVISTA ZUNZUNZUM (ZZZ), concomitantemente a atuação na área de assessoria de imprensa. Como disse Renato Russo certa vez, "quem acredita sempre alcança". Hoje vejo que ele tem razão.

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