quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Vontade de abraçar o mundo




Tempos atrás, numa conversa que tive com minha amiga Fabiana Yoko, ela me aconselhou: “você precisa parar de querer abraçar o mundo”. As palavras da japinha – como sempre extremamente calma e sensata em seus conselhos – me fizeram refletir. A partir de então, pude perceber que ela estava certa: a minha vontade é agarrar todas as oportunidades que aparecem em meu caminho.
Quem me conhece um pouco sabe que “me encontrei” escrevendo para revistas. Não tenho como negar que este veículo exerce um fascínio muito grande sobre mim, por vários motivos: em primeiro lugar, a possibilidade de aprofundamento dos temas, que podem ser trabalhados com mais tempo quando comparados ao jornal diário, por exemplo.
Outro aspecto que me chama a atenção: eu adoro conhecer novas pessoas; graças às várias reportagens que já escrevi, tive a chance e o prazer de contar a história de muita gente bacana. O melhor de tudo é que eu posso dizer que algumas dessas minhas fontes transformaram-se em bons amigos, com os quais mantenho contato continuamente. Para minha sorte, essa lista, que é razoavelmente grande, cresce a cada novo texto.
Por outro lado, a diversidade de temas a serem explorados faz com que eu conheça um pouco de diversos assuntos, com isso, estou sempre aprendendo algo novo. E isso me faz uma pessoa melhor, que, sem falsa modéstia, sabe de sua capacidade, mas em contrapartida, reconhece as suas limitações, que não são poucas. Talvez por isso eu acredite que “meu melhor trabalho é sempre o próximo”.
Depois de tantos motivos pelos quais eu me identifico com revistas, vale ressaltar que meu trabalho na área de assessoria de imprensa faz com que eu fique mais próximo do universo corporativo: se na Regional e ZZZ eu lido predominantemente com cotidiano, comportamento e cultura, a proximidade com o universo empresarial exercite outra linguagem, para outro tipo de público que pede outra abordagem,
Quase perto de me despedir, devo confessar que um de meus maiores receios profissionais é ficar estigmatizado como “o cara que sabe fazer uma coisa só”. O fato é que sou movido a novos desafios. Não sei se isso pode ser encarado como indecisão, falta de maturidade ou até mesmo um idealismo profissional, mas a verdade é que sim, eu tenho vontade de abraçar o mundo!

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