segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Marjorie Estiano: talento para ver, ouvir e apreciar


Rede Globo / João Cotta




Já em sua estreia na televisão, a paranaense Marjorie Estiano demonstrava que tinha um futuro promissor. Ao dar vida à baixista Natasha em “Malhação” – em uma das temporadas de maior sucesso do seriado – ela conquistou o público, que se encantou não apenas por sua atuação, mas também por sua voz. Quando deixou o elenco da novela teen, não demorou para que a atriz alçasse vôos mais altos, participando de três novelas das 21h entre 2006 e 2009.

Depois do sucesso em “A Vida da Gente”, encarnando a doce Manuela, Marjorie está de volta ao horário das 18h em “Lado a Lado”, a primeira produção de época da qual participa. Na trama – escrita por Cláudia Lage e João Ximenes Braga – ela dá vida à Laura, que formou-se professora sob o olhar atento e reprovador de sua mãe, a ex-baronesa de Boa Vista, Constância Assunção (Patrícia Pillar). Apesar de nascida em berço de ouro, possui mentalidade à frente de seu tempo e vai lutar para poder trabalhar fora e expressar suas ideias, a exemplo de feministas pioneiras do Brasil, que, aliás, serviram de inspiração para a personagem.

Paralelamente ao trabalho como atriz, a jovem investiu na carreira musical, impulsionada pelos hits que entoava em “Malhação”. De lá para cá, já foram lançados dois CDs (“Marjorie Estiano” e “Flores Amores e blá blá blá”) e um DVD (“Marjorie Estiano – Ao vivo”), que juntos venderam mais de 400 mil cópias. Com facilidade para trafegar por diferentes estilos musicais – ela já fez releituras bem peculiares de canções consagradas, como “Perigosa”, de Nelson Motta, e “Ta hi”, interpretada pela “pequena notável” Carmem Miranda – a cantora está escolhendo o repertório de seu próximo álbum.

Mas os fãs vão ter que esperar um pouco: na melhor das hipóteses, o CD só será lançado quando “Lado a Lado” terminar, “pois o propósito do trabalho com a música é fazer shows e isso torna-se inviável durante a novela”, admitiu Marjorie em entrevista exclusiva, concedida por telefone, à equipe de Regional. Durante o bate-papo, ela explica como se preparou para a personagem, fala de seus projetos no teatro e faz uma revelação que pode surpreender: a estrela não tem “o menor interesse” em participar de projetos que unam música e dramaturgia. Mas, de qualquer forma, a versatilidade de Marjorie é digna de aplausos. É um talento para ser visto, ouvido e apreciado, na televisão, nos palcos e também no site de Regional. Clique para ler a entrevista na íntegra ou, se preferir, faça o download da versão em pdf.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Hoje tem palhaço? Tem, sim senhor!


Irineu Guerreiro Jr, o Palhaço Bang




Assim como seres encantados, personagens folclóricos, super-heróis e vilões, eles marcaram a infância de muita gente. Seja no picadeiro, em uma festa ou até mesmo no hospital, os palhaços têm a nobre missão de levar alegria por onde passam. Por outro lado, o fascínio por essa figura desajeitada e de alma pura não fica restrito àqueles que assistem a uma apresentação, e contagia também os seus intérpretes. Isto porque, mais do que a maquiagem, roupas coloridas e o inconfundível nariz vermelho, é preciso uma boa dose de sensibilidade para conquistar o público.

Mas eles dificilmente perderão o seu encanto, pois nos transportam de volta a um mundo do faz-de-conta, onde tudo é alegre e colorido, que todos nós fatalmente abandonamos quando as responsabilidades da vida adulta começam a aparecer. Mas é possível voltar para este lugar, a qualquer momento. Basta que alguém nos lembre que ele sempre existirá, dentro dos nossos corações. Leia a íntegra desta reportagem especial no site de Regional (clique AQUI) ou, se preferir, baixe o arquivo em pdf.




terça-feira, 9 de outubro de 2012

Reportagem especial desvenda o enigma da felicidade



Ao longo de nossa existência, diversas questões existenciais despertam a curiosidade dos seres humanos. Quem somos? De onde viemos? Existe vida após a morte? Em meio a tantas dúvidas – e poucas conclusões precisas, diga-se de passagem – não parece precipitado concluir que talvez as respostas mais buscadas estejam relacionadas a um mesmo tema: a felicidade. O que é a felicidade? Onde encontrá-la? Pessoas que têm dinheiro são mais felizes do que aquelas que não possuem tantos recursos?

Compreender a razão de tamanho interesse é relativamente simples: a felicidade é o nosso combustível; aquilo que nos motiva a “viver tudo que há para viver”, assim como sugeriu Lulu Santos nos versos da canção “Tempos Modernos”. Por causa dessa busca, as pessoas compartilham suas experiências, fazem planos, promessas, riem, festejam, se divertem e, não raramente, choram e até brigam. Tentar explicá-la é uma tarefa complexa, mas as histórias de gente assumidamente feliz e as descobertas da ciência podem nos fornecer pistas importantes, na tentativa de desvendar o enigma daquilo que muitos julgam ser “o tesouro perdido”.

E, se até algum tempo atrás o estudo do tema era feito predominantemente pela psicologia, observa-se que, nas últimas duas décadas, em especial, uma nova configuração vem se desenhando: cada vez mais, a felicidade vem se tornando um objeto de estudo interdisciplinar. Isso significa que outras áreas do conhecimento – como, por exemplo, a neurociência ou a economia – aderiram a um mecanismo aparentemente contraditório, porém absolutamente natural: ao mesmo tempo em que se questiona sobre a felicidade, esperam nela encontrar respostas.

As motivações, embora sejam distintas, acabam se complementando: o psicólogo quer entender o que o ser humano sente, o economista quer saber a que o indivíduo dá valor, o neurocientista quer descobrir como o cérebro humano reage a recompensas. A proposta desta reportagem de Revista Regional –    cuja íntegra está disponível AQUI. Se preferir, faça o download do arquivo em pdf – pode até ser menos ousada, mas é igualmente nobre: convidamos a todos a fazer uma reflexão sobre o ideal de felicidade, com base no depoimento de renomados especialistas, afinal de contas, já disse Mário Quintana sobre o tema: “Quantas vezes a gente, em busca da ventura / Procede tal e qual o avozinho infeliz / Em vão, por toda parte, os óculos procura / Tendo-os na ponta do nariz!”.

sábado, 4 de agosto de 2012

Conheça o projeto "Histórias de Alice"



Foto: Franco Hoff

Era uma vez “Alice”, que viajou por um país fantástico, encontrou criaturas especiais e viveu muitas aventuras. Ao contrário do que possa parecer, não estamos falando da personagem imortalizada por Lewis Carroll em suas obras. Contudo, assim como a garota que persegue o Coelho Branco e acaba caindo em sua toca – dando início a uma série de descobertas – a protagonista desta reportagem tem lá suas peculiaridades, que merecem ser ressaltadas. 


Com muitas histórias para contar, ela possui quatro rodas e é, ao mesmo tempo, sala, cozinha, quarto e banheiro. A esta altura, o leitor mais atento já deve ter percebido que nossa Alice não é exatamente um ser humano, embora, não raras vezes, tenha sido tratada como um por seus “pais”. Tão pouco esteve no País das Maravilhas, mas nem por isso a nação pela qual ela passeou deixa de merecer o título de “maravilhosa” – ao contrário – apesar de seus inúmeros contrastes e desigualdades. 


Responsável por transportar o fotojornalista e documentarista Franco Hoff e a educadora e também fotógrafa Inês Calixto, Alice, a Kombi home – assim batizada por seus antigos donos em homenagem a heroína infantil – percorreu 60 mil quilômetros em quase três anos: durante esse período 400 municípios, provenientes de 21 Estados brasileiros, foram visitados. 


Nascia então o projeto "Histórias de Alice", com o objetivo de registrar o cotidiano e as memórias de pessoas simples, investigando seu modo de ser e de viver, para, em seguida, promover a inserção cultural de comunidades do interior – incluindo-se aí faxinalenses, quilombolas, indígenas e ribeirinhos, dentre outros – por meio da literatura, cinema e fotografia. Para saber mais detalhes e curiosidades desta viagem, acesse a íntegra da reportagem, no site de Revista Regional ou, se preferir, faça o download do arquivo em pdf.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Paula Fernandes: de promessa à grande estrela


Foto: Guto Costa / Divulgação




A primeira vista, Paula Fernandes pode até parecer frágil. Mas esta é uma impressão que rapidamente cai por terra, assim que ela começa a cantarolar os versos de uma música qualquer. Dona de uma voz marcante, a mineira – que cresceu num sitiozinho, as margens da Serra do Cipó – concordou em atender a este jornalista mais uma vez, exatamente dois anos após a primeira entrevista (publicada na quinta edição de ZUNZUNZUM, em maio de 2010). 

Neste intervalo de tempo relativamente curto, muita coisa mudou: de agradável promessa da música brasileira, foi alçada ao status de uma grande estrela. O reconhecimento – com o qual ela sonhou durante tanto tempo – foi alcançado: agora, não somente sua voz é familiar ao público, mas também a sua imagem. Depois de emplacar vários sucessos em trilhas de novelas, a consagração definitiva veio com o CD e DVD “Paula Fernandes ao Vivo”, lançado no ano passado, que se manteve no topo dos mais vendidos. 

Vivendo o seu auge, Paula prova que, de fato, tem sede de arte: seu novo CD de estúdio – que até o fechamento desta reportagem ainda não havia sido batizado oficialmente – deve chegar às lojas no final de maio. A primeira das quinze faixas que está sendo divulgada nas rádios é “Eu Sem Você”, uma composição de Paula em parceria com Zezé di Camargo, onde alguns trechos –“Tô com vontade de enfrentar o mundo / Ser pra sempre o guia do seu coração / Sou a metade de um amor que vibra / Numa poesia em forma de canção” – parecem traduzir sua própria história. 

Aos fãs da região, há ainda outra boa notícia: a cantora se apresentará em Sorocaba, no dia 1º de junho (sexta). O público então vai poder ver de perto todo o talento da garota que começou a cantar aos oito anos e amadureceu precocemente. Em nome de um sonho, ela conta que pulou etapas: parte da infância e toda a adolescência. Apesar dos momentos difíceis – que, segundo Paula, não foram poucos – hoje é possível afirmar que todo esse esforço valeu a pena. 

Sem medo de lutar por aquilo que deseja, a estrela segue brilhando cada vez mais intensamente e agradece a Deus por tudo o que passou. “Sou exemplo de que tudo é possível. Minha origem é humilde, mas nunca deixei de sonhar. Seguir o caminho mais longo e da honestidade torna tudo mais bonito e dá sentido as conquistas”, relembra a cantora, que diz se sentir privilegiada por ter recebido o dom da composição. 

Para que os leitores possam conhecer ainda mais sobre a trajetória da mineira que conquistou o país e recebeu elogios de fãs famosos – como o Rei Roberto Carlos, com quem fez um dueto no tradicional especial de Natal – Regional optou por mesclar, ao conteúdo inédito, os melhores trechos da entrevista concedida em 2010, publicados pela primeira vez em forma de perguntas e respostas. 

O resultado é uma longa conversa - que você pode ler no site de Regional ou fazer o download do arquivo em pdf - em que Paula aponta a determinação como um fator decisivo para que os seus sonhos se realizassem. Isto, aliás, é uma das poucas coisas que não mudou nos últimos dois anos: a menina continua disposta a encantar milhões de pessoas de pessoas com a sua música. Por tudo o que já demonstrou até aqui, é melhor que ninguém duvide que isso ainda vai acontecer por muito tempo.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Rodrigo Sant'anna em entrevista exclusiva







“A partir desta noite, todos vocês passam a fazer parte da minha história”. Com essas palavras, Rodrigo Sant’anna agradeceu aos aplausos calorosos dos sorocabanos que prestigiaram a apresentação de Comício Gargalhada, em 25 de março. Bem menos “bandido” e “maléfico” do que sua principal personagem – a transexual Valéria, que faz a alegria de milhões de espectadores que acompanham o “Zorra Total” nas noites de sábado – o humorista recebeu a equipe de Revista Regional para um bate-papo exclusivo, antes do espetáculo. 


Tímido, o comediante conta que se surpreendeu com a repercussão: a recepção da plateia de Sorocaba foi apenas uma amostra do carinho que o público nutre por aquela figura estranha, de cabelos vermelhos, maquiagem exagerada e tom debochado. Segundo ele, tudo aconteceu muito rápido: pouco tempo depois da estreia no Zorra, o inconfundível bordão “Ai como eu to bandida” passou a ser usado com frequência por pessoas de todas as idades. Tamanha popularidade alçou Rodrigo a um novo status: repentinamente, começaram a surgir convites para programas de entrevistas e participações na televisão. 

Mesmo com todo esse reconhecimento, o humorista reconhece que vive um processo constante de aprendizagem e faz questão de dividir os méritos com a colega de cena. A amizade com a atriz Thalita Carauta – por quem sente um carinho muito forte, que transparece na tela – é antiga. Muito antes de brilharem na televisão, Valéria e Janete nasceram nos palcos: ambos integravam o elenco da peça “Suburbanos”. 

Subúrbio, aliás, é um ambiente comum para Rodrigo. Criado no Morro dos Macacos, comunidade carente do Rio de Janeiro, ele revela que a diversidade de tipos encontrados no local o inspirou a criar alguns de seus personagens, que poderão ser vistos na região no próximo dia 15 de Abril (domingo), quando o humorista traz o seu “Comício Gargalhada” para a cidade de Indaiatuba. O evento é uma realização da Teatro GT, com patrocínio de Revista Regional (veja mais informações aqui). 

Além de adiantar o que o público pode esperar deste comício, Rodrigo ainda fala, no decorrer da entrevista, sobre dois de seus ídolos no humor: Renato Aragão – com quem conviveu durante quatro anos – e o mestre Chico Anysio, que faleceu em 23 de março. Ao final da conversa, a pedido de nossa equipe, o humorista concordou prontamente em participar de uma rápida brincadeira. Para ler a íntegra da entrevista, faça o download da versão em pdf ou, se preferir, acesse o site da revista, clicando aqui.

BÔNUS: Minha foto com o Rodrigo, depois da entrevista.


quinta-feira, 22 de março de 2012

Cães-Guias: muito além do que os olhos podem ver



Faro Fino faz parte do projeto Cão-Guia do Sesi e foi socializado pela família Macorin, de Indaiatuba


“Ontem, uma amiguinha sua chamada ‘Fortune’ foi impedida de permanecer dentro de um restaurante na cidade de Itu. A Fortune é um cão-guia que está em fase de treinamento e o estabelecimento, que é muito conceituado, não permitiu a sua entrada. Por lei, ela estava amparada, porém fomos discriminados. Você poderia ajudar a divulgar para que isto não aconteça mais?”

O desabafo que você acabou de ler foi escrito por Marcelo Kendi e compartilhado pela jornalista Silvia Czapski em sua página no Facebook, no dia 15 de fevereiro. Indignada com a situação, ela convocou colegas da imprensa – bem como todos os amigos “que lutam por uma Itu melhor” – a se mobilizar para que a cena não se repetisse. Desde então, todos começaram a se questionar sobre como poderiam contribuir para que a população se conscientizasse acerca da relevância do tema.

No tocante aos meios de comunicação, a resposta parece ser simples. Reafirmando seu compromisso de manter os seus leitores sempre bem informados, as equipes da Revista Regional (este jornalista que vos escreve) e do portal www.itu.com.br (via Deborah Dubner e Jéssica Ferrari) se uniram para produzir esta reportagem especial, publicada simultaneamente em ambos os veículos. A proposta é descobrir se os direitos de deficientes visuais – e de voluntários que adotam temporariamente os cães-guias para socializá-los – estão sendo respeitados nas cidades da região. Numa outra frente, buscamos especialistas para orientar como proceder em caso de descumprimento da lei e fomos conhecer histórias de pessoas que batalharam para ter mais independência, transformando-se em exemplos para a sociedade.

É o caso, por exemplo, de Danieli Haloten e Thays Martinez. Elas conquistaram a independência e o sucesso profissional em suas respectivas áreas de atuação e… são usuárias de cães-guias. Além da deficiência visual, nossas duas entrevistadas têm, em comum, histórias marcadas pela superação: ambas contaram com a ajuda de seus companheiros de quatro patas para vencer suas próprias limitações. Mais do que isso, não deixaram que terceiros as limitassem, cerceando o seu direito de se locomover com autonomia.

Para saber mais sobre a importância da etapa de socialização ou conhecer as diretrizes do projeto Cão-Guia, desenvolvido pelo Sesi-SP, acesse o site de Regional e leia a reportagem na íntegra. O download da versão em pdf pode ser feito clicando aqui.

Mulheres na Gerência: elas estão no comando



Conquistar a estabilidade financeira, abrir e gerenciar o próprio negócio ou ainda sustentar a família. Basicamente, esses três fatores ajudam a explicar o crescimento gradativo da participação feminina no mercado de trabalho, constatado por diversas análises feitas por institutos especializados.

Estatísticas da Relação Social de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam que, em dezembro de 2010, o mercado formal de trabalho contava com um estoque de 43,3 milhões de empregos. Deste total, 25,3 milhões estavam ocupados por homens e 17,9 milhões por mulheres. No mesmo período de 2006, 35,1 milhões de vagas foram abertas, sendo que eles ocupavam 20,8 milhões e elas, 14,2 milhões. Neste intervalo de tempo, portanto, constata-se que a participação das mulheres aumentou de 40,64% para 41,48% do total. Todavia, apesar destes avanços, algumas disparidades persistem: a remuneração paga às trabalhadoras, estimada em R$ 1.097,93, continua inferior a dos homens (R$ 1.518,31). Em 2009, comparando a média anual de rendimentos, verificou-se que as mulheres ganham em torno de 72,3% do valor recebido por eles. Em 2003, esse percentual era de 70,8%.

Considerando um grupo mais homogêneo, com a mesma escolaridade e do mesmo grupamento de atividade, a diferença se mantém, conforme revela o estudo “Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas”, organizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tanto para as pessoas que possuíam 11 anos ou mais de estudo quanto para as que tinham curso superior completo, os rendimentos da população masculina eram superiores aos da feminina.

Em meio a este cenário marcado por contrastes, cabe as mulheres enfrentar os desafios impostos pela dupla jornada. Como forma de homenageá-las pelo Dia Internacional da Mulher, entrevistei dirigentes de três empresas – de diferentes portes e segmentos – para a reportagem de capa da Revista "Indústria Regional". Elas compartilharam suas conquistas, relembrando as eventuais adversidades e preconceitos que tiveram que superar até chegarem ao comando de suas respectivas organizações. A trajetória de cada uma destas mulheres é um exemplo para todos nós e pode ser conhecida no site de Revista Regional. Se preferir, faça download da versão em pdf clicando aqui.

quarta-feira, 14 de março de 2012

APAE Sorocaba inaugura Casa Lúdica





Paulo Cesar de Souza Mendonça, fisioterapeuta:  "Os balanços vão estimular a criança a melhorar seu sistemas cerebelar e vestibular, responsáveis pelo equilíbrio”. Fotos: Divulgação



Que lembranças você guarda de sua infância? Esta é, sem dúvida, uma época especial, não apenas pela magia ou pelas brincadeiras que permanecem na memória. Também é neste período que as pessoas desenvolvem uma série de competências e habilidades, necessárias ao longo de toda a vida. Esse processo de aprendizado acontece de várias formas, contudo, é possível obter resultados mais eficazes ao acrescentar um ingrediente nessa receita: a diversão. 

Levando em consideração a velha máxima de “aprender brincando”, a APAE Sorocaba inaugurou, na manhã da última sexta-feira (9), a Casa Lúdica “José Mauro Moreira” – assim batizada em homenagem ao ex-presidente da entidade, já falecido – um espaço terapêutico planejado para auxiliar o desenvolvimento das crianças atendidas pelo setor de Estimulação Essencial e Habilitação. 

Durante a cerimônia – que contou com a presença de autoridades, colaboradores e parceiros – era visível o entusiasmo de todos os envolvidos no projeto, que há cerca de um ano, era apenas um desejo dos profissionais que integram a equipe multidisciplinar da entidade (composta pela Coordenadora de Saúde, Fonoaudiólogas, Psicólogas, Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais). Para que o sonho se transformasse em realidade, foi decisiva a participação da comunidade e de patrocinadores. 

Numa outra frente, é preciso ressaltar a parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), conforme lembrou a diretora pedagógica, Maria José Stevaux. “Sem a ajuda de todos, seria impossível, pois ninguém consegue nada sozinho. Eu quero expressar minha alegria: tudo o que é feito na APAE é uma conquista. O trabalho desenvolvido é precioso, pois cuida da vida da pessoa com deficiência: nossa meta é melhorar cada vez mais o atendimento”. 

A emoção também contagiou o atual presidente da entidade, engenheiro Valdir Paezani. Sensibilizado, o pai da pequena Milena, de nove anos, conta que, após ser matriculada em várias escolas, a garota encontrou na entidade a assistência de que precisava. “As crianças serão as principais beneficiadas pela inauguração da casa lúdica, que vai enriquecer ainda mais o nosso ensino. Por outro lado, podemos evoluir mais ainda: uma das minhas prioridades é firmar parceria com os hospitais afim de que eles orientem pais de recém-nascidos com deficiência a procurar pela APAE, para que possamos ajudá-los, exatamente como aconteceu comigo”, entusiasma-se.


Estímulos variados
A Casa Lúdica é um espaço diversificado, alegre e interativo, criado para estimular de forma divertida os pacientes nas áreas de psicologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e fisioterapia. Segundo a psicóloga Teresa Casagrande Porto, o objetivo é intervir precocemente para prevenir ou minimizar atrasos no processo de desenvolvimento. “A convivência em grupo favorece o processo de socialização. Enquanto brinca, a criança vai ter oportunidade de experimentar uma ampla gama de sensações, enriquecendo o cognitivo, por meio de estímulos variados”, explica. 

O fisioterapeuta Paulo Cesar de Souza Mendonça vai além e ressalta outros benefícios. “Criança se ensina brincando. Essa estratégia apresenta melhores resultados do que simplesmente chegar e dizer ‘faça isso!’. Um processo de estimulação rico faz uma grande diferença: pretendo trabalhar a coordenação motora e a locomoção. Os balanços vão estimular a criança a melhorar seu sistemas cerebelar e vestibular, responsáveis pelo equilíbrio”, adianta. 

Para alcançar o resultado esperado, cada um dos cinco ambientes da casa foi pensado para desenvolver habilidades específicas. Os balanços a que Paulo se refere foram instalados em um dos quartos, equipado também com cama elástica e prancha de equilíbrio para que as crianças com mobilidade comprometida possam experimentar novas sensações. No outro quarto, a proposta é realizar a estimulação sensorial (tato, audição, visão e olfato) por meio do contato com diferentes texturas, sons, iluminações, cores, sensações térmicas e odores, promovendo também o relaxamento. 

As chamadas “atividades da vida diária” são o foco da cozinha – onde as crianças irão aprender a nomear os alimentos, categorizar e estimular o paladar – e do banheiro, espaço no qual se pretende ressaltar a importância do vestir-se / despir-se, simultaneamente às noções de higiene pessoal, como, por exemplo, a utilização correta do vaso sanitário. Por último, há a sala de brinquedos educativos e interativos para se trabalhar a socialização, concentração, cognição, coordenação motora, entre outros aspectos. 

A coordenadora de Saúde da APAE, Aline Luchesi, lembra que a Casa Lúdica irá beneficiar as crianças que já frequentam o setor de Estimulação Essencial e Habilitação. Ela explica que a utilização do espaço será feita por agendamento prévio. “Como a casa tem cinco cômodos, agendaremos no máximo três terapeutas por horário, para que haja liberdade de locomoção, sem interferir no atendimento de outra criança”, esclarece. 

Mesmo antes de seu efetivo funcionamento, não é difícil concluir que a iniciativa trará resultados bastante positivos. Pouco depois que o local foi aberto à visitação pública, algumas crianças adentraram o local. Tomadas por uma mistura de encantamento e curiosidade acerca do novo espaço, elas adentravam os ambientes e brincavam com os objetos que mais lhe despertavam a atenção, ignorando completamente a intensa movimentação de pessoas ao seu redor. Elas foram apenas crianças.


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Pessoal, até então eu nunca tinha publicado release meu aqui, contudo, este é especial: eu fui cobrir essa inauguração na manhã da última sexta-feira e pude constatar o quão precioso - usando as palavras da Maria José Stevaux - é o trabalho da entidade.

Mais do que isso, reforça a minha tese de que a deficiência está na cabeça das pessoas. O que vi naquelas poucas horas foram pessoas cheias de vida, com uma alegria contagiante, assistidas por uma equipe realmente empenhada em melhorar sua qualidade de vida. Não vou me esquecer, por exemplo, do Junior e do Felipe, com esse último querendo empurrar minha cadeira no refeitório.

Parabéns a todos por mais essa conquistas. Para que muitas outras sejam alcançadas, no entanto, a APAE depende da colaboração de todos. Ajudar é fácil: clique AQUI para mais informações.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Quando a crueldade chega ao seu limite




Foram pouco mais de três minutos, mas as cenas vistas nesse intervalo de tempo relativamente curto chocaram os brasileiros. Em dezembro, caiu na rede um vídeo no qual uma enfermeira espanca cruel e friamente uma cachorra da raça Yorkshire, que morreu alguns dias depois. As agressões são presenciadas por uma criança, que aparenta ter em torno de três anos.

Milhares de internautas, comovidos com o sofrimento do animal, deram início a várias campanhas nas redes sociais. Os sentimentos eram vários, de indignação à revolta, expressadas por inúmeras postagens no Facebook. Houve quem trocasse a sua foto pela de um cão. No Twitter, por sua vez, o assunto dominou os Trending Topics e permaneceu entre os mais comentados ao longo de vários dias. Usuários mandaram mensagens ao suposto perfil da agressora – que teve os seus dados pessoais, como endereço e documentos, revelados – manifestando o seu repúdio e clamando por justiça.

Objetivamente, foi criada uma petição on line, reivindicando que a enfermeira seja condenada à pena máxima por crime de maus tratos. Até o fechamento dessa reportagem, mais de 380 mil pessoas haviam assinado o documento virtual. “A internet é uma ferramenta importante para a conscientização. Cada vez mais, os usuários tem se mobilizado nas redes sociais. Essa postura acaba por sensibilizar as autoridades a fazer mudanças na lei”, opina a jornalista Silvana Andrade, idealizadora da Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda). 

Para ler a íntegra do texto e conhecer um pouco mais do trabalho da organização, que foi a primeira a noticiar o caso, acesse o site de REGIONAL ou, se preferir, faça o download da versão em pdf.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cesar Cielo: gigante pela própria natureza


Foto: Gianmattia D'Alberto/La Presse


Prezados, tudo bem?


Na edição de janeiro de REVISTA REGIONAL, fiz uma entrevista com o nadador Cesar Cielo, onde ele conta como está sendo a sua preparação para as Olimpíadas de Londres. Com 25 anos recém-completados em 10 de janeiro, ele admite não temer a pressão em função de seus bons resultados: isso porque, assim como muitos outros esportistas que fizeram história, o jovem se cobra muito, pois não gosta de perder, principalmente quando sabe que não fez tudo o que estava ao seu alcance.

Assumidamente autocrítico, o atleta faz questão de frisar ainda que o apoio da torcida também é crucial, pois acaba se convertendo em motivação. Diante de tanto empenho, fica fácil entender o motivo pelo qual, por tantas vezes, ele ocupa o lugar mais alto do pódio. Como sugere a letra do Hino Nacional – que embala a todas as suas vitórias – “Cesão” é um gigante, não apenas pelo apelido, que usa ao final de todas as postagens em seu site, ou pela altura, mas principalmente por levar o nome do Brasil tão longe. Até 2020 – ano em que talvez encerre a carreira – o esportista terá muitas outras oportunidades de mostrar seu talento. Ficou curioso? Leia a íntegra da conversa no site da revista ou, se preferir, faça o download da versão em PDF.

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