domingo, 8 de fevereiro de 2009

Na contramão do tempo


“Se, na época em que eu era mais jovem, tivesse a experiência de hoje, teria feito muita coisa diferente”. Começo esse post perguntando ao prezado leitor: quantas vezes você já ouviu - ou, dependendo da sua idade - fez este comentário? A medida que o tempo passa, aumenta a impressão de que muitas das nossas decisões não foram acertadas e surgem os questionamentos típicos de tais reflexões: “será que não teria sido melhor se eu tivesse agido diferente?”. Eu mesmo já agi por impulso algumas vezes e me arrependi… Ah… se eu tivesse experiência (e soubesse das consequências)…

No dicionário, uma das definições de experiência é “conhecimento, aprendizado adquirido a partir da vivência de uma situação”. A partir daí, conclui-se que, experiência é uma coisa que adquirimos com o passar dos anos. Isto significa que, necessariamente, as pessoas mais velhas são mais experientes, pois viveram mais…

Agora, caro leitor, imagine-se aos 80 anos: não seria bom se, depois de ter vivenciado tantos momentos (bons e ruins), você pudesse voltar a ser jovem? Muitas pessoas responderiam positivamente a esta pergunta sem pensar (e estariam agindo por impulso mais uma vez). Se você é uma delas, talvez a sua opinião mude depois de assistir “O Curioso Caso de Benjamin Button”. Com esta dica cinematográfica, inicio esse meu blog, convidando a você leitor, para que me visite sempre que puder. Será um prazer tê-lo comigo!

Em 1918, a mãe de um bebê morre no parto e o pai, atordoado com suas feições, deixa o filho na porta de Queenie (Taraji P. Henson), dona de uma pensão para a terceira idade em Nova Orleans. A criança apresenta uma característica bastante peculiar: tem a aparência de um idoso. Ao longo do filme, descobre-se que, ao contrário das “pessoas comuns”, a personagem rejuvenesce, surpreendentemente, com o passar dos anos. Durante décadas, Benjamin (Brad Pitt) vai conhecer prazeres e dissabores da vida.

A exploração desse conflito é, certamente, o grande trunfo do filme. Ele escancara a dificuldade que a maioria das pessoas têm em conviver com aquilo que desconhecem. Ao mesmo tempo, mostra as várias tentativas de Benjamin em se adaptar aos “padrões” convencionais. Mesmo na contramão do tempo, em determinado momento, ele encontra a sua felicidade e aproveita-a a cada instante.

Não bastasse a mensagem, a película também vale pela referência aos fatos históricos, como as guerras mundias, e as belas atuações do elenco. Quando as luzes do cinema se acenderem, você certamente não será mais o mesmo. De que adianta a juventude se não podemos estar ao lado de quem amamos?

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