sábado, 20 de março de 2010

Dois em um: minha entrevista ao blog Coisas da Vida e o desrespeito aos deficientes





Olá amigos, tudo bem? Durante a semana estava navegando pelo blog "Coisas da Vida", quando um post do jornalista Endrigo Annyston me chamou a atenção: ele comentava uma matéria da jornalista Mariana Ferrão, exibida no Fantástico de domingo passado (eu não tinha visto o programa).

A reportagem mostra um teste nacional do respeito às vagas de idosos e deficientes. Veja no vídeo  acima uma senhora parando em uma vaga de deficientes físicos e tentando fugir da câmera. Por que tantos brasileiros jovens e saudáveis param nessas vagas especiais?

O programa percorreu estacionamentos de dez grandes cidades brasileiras. Em ruas e shoppings de todas as regiões do país, foram flagradas inúmeras cenas de pessoas saudáveis estacionando nessas vagas. O desrespeito foi visto de norte a sul. De Palmas, no Tocantins, a Maringá, no Paraná. 

Para mim, particularmente, este tipo de comportamento não chega a ser nenhuma surpresa. Por sinal, engana-se quem pensa que este é um problema típico das capitais. Quando eu estava na graduação, foram várias as vezes em que o motorista do meu transporte especial enfrentava dificuldades para estacionar, mesmo com toda  a sinalização e os cones colocados pelos funcionários da universidade. Trata-se, de fato, de um comportamento egoísta.

Essa é uma das razões pelas quais a discussão em torno da acessibilidade e inclusão, levantada pela novela "Viver a Vida", torna-se tão relevante. A esse respeito, meu amigo Endrigo entrevistou-me para saber a minha opinião sobre a abordagem da trama. Fiquei muito feliz com a proposta e o resultado do nosso bate-papo você pode ver clicando aqui.  Convido a todos os meus amigos para que leiam, reflitam e divulguem!

Até a próxima!!!

terça-feira, 16 de março de 2010

Mulheres especiais: portadoras de deficiência recuperam auto-estima

 Amigos, no post sobre o projeto "Praia para Todos" eu havia prometido que a inclusão dos portadores de deficiência na sociedade seria abordada com mais frequência no blog. Sempre que eu tomar conhecimento de alguma iniciativa bacana, vou divulgar aqui. Coincidentemente, na edição de 7 anos da Revista Regional o jornalista Renato Lima fez uma reportagem apresentando o trabalho da fotógrafa Kica de Castro, para o qual eu deixo meus sinceros cumprimentos. Com a permissão dele, republico o texto na íntegra, logo abaixo. Antes de me despedir, deixo uma pergunta para as minhas leitoras: que acham de eu fazer um ensaio nesse sentido?


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Mulheres com deficiência física reencontram sua beleza, auto-estima e sensualidade ao tornarem-se modelos fotográficos 




Daiane Lopes, 28 anos, paralisia cerebral, vive em Apucarana, Paraná, e trabalha com atendimento ao público e é modelo fotográfico






Foto: Kica de Castro





Permitir que pessoas com deficiência elevassem sua auto-estima, reencontrassem sua beleza e sensualidade foi o que levou a fotógrafa paulistana Kica de Castro a criar uma agência de modelos totalmente especializada no assunto.

Tudo começou quando Kica chefiava o setor de fotografia de um centro de reabilitação de pessoas com algum tipo de deficiência física. "Vendo a baixa auto-estima desses pacientes resolvi criar a fototerapia, resgatava a auto-estima com auxílio das fotos. Levei para o setor alguns acessórios como bijus, pente, gel, espelho e revistas e transformei o local num estúdio”, lembra a fotógrafa.


Dois anos depois, os próprios pacientes passaram a cobrar de Kica oportunidades no mercado de trabalho. “Elas iam com o book nas agências e só escutavam não, não e mais não. Comecei uma pesquisa e vi que na Europa a coisa é evoluída, na Alemanha existe o concurso de beleza ‘A mais bela cadeirante’, na Inglaterra e na França tem reality show, estilo BBB, só que só para deficientes. Vendo os resultados na Europa, resolvi largar tudo e me dedicar exclusivamente à agência de modelos para pessoas com alguma deficiência”, conta.


Hoje, a agência conta com 67 modelos, homens e mulheres, na faixa de quatro a 60 anos. Segundo Kica, todos eles são profissionais que atuam em outras áreas, como músicos, psicólogos, atletas, enfermeiras, entre outros. “Já que se fala em inclusão, que se fale de tudo, incluindo a beleza e a sensualidade. Provamos que beleza e deficiência não são palavras opostas e que são consumidores e como tal precisam estar presente nas publicidades”, ressalta a fotógrafa que também é formada em Publicidade.


Para Kica, a fotografia tem importância fundamental no resgate da auto-estima das pessoas com deficiência. “A primeira sensação deles é a realização como pessoa, de ser bem bonita e de estar sendo reconhecida pela beleza e como profissional num mercado tão ditador, que é o da moda. Estamos na contramão dos padrões ditados pela sociedade na década de 60. Ser reconhecida como símbolo de beleza é a recompensa de um trabalho bem feito”, ressalta.

MAIS:
Os contatos de Kica de Castro são:
telefone: (11) 8131-0154
email: kicadecastro@gmail.com

sexta-feira, 12 de março de 2010

Revista Regional faz 7 anos de olho nos avanços da tecnologia







Arte: Murilo Gagliardi


Na ficção, o futuro dos seres humanos e a sua interação com a tecnologia já foram retratados de diversas maneiras. Dos carros voadores que transportavam os personagens do desenho “Os Jetsons”, ao teletransporte, utilizado pelos tripulantes das naves estelares de “Jornada nas Estrelas”; passando pelos robôs autômatos de “Eu, Robô”, sem esquecer-se de mencionar a realidade virtual e a inteligência artificial presentes na trilogia “Matrix”, até chegar aos humanóides de “Avatar”. 


 

É verdade que parte das situações apresentadas ainda não é realidade, mas, por outro lado, a tecnologia está cada vez mais presente em nossas atividades do dia a dia, não raras vezes de forma quase imperceptível; embutida em inúmeros produtos e serviços utilizados por bilhões de pessoas ao redor do planeta e também nos objetos que carregamos em nossos próprios bolsos, tais como o celular, os cartões de crédito e até o nosso próprio dinheiro: apresentada em fevereiro pelo Banco Central, a segunda família de cédulas do Real entrará em circulação gradativamente até 2012.




As novas cédulas atenderão a uma demanda dos deficientes visuais – que, até então, enfrentavam dificuldade em reconhecer os valores das notas – e terão tamanhos diferenciados e marcas táteis em relevo aprimoradas em relação às atuais, para facilitar sua identificação. Dotadas de recursos gráficos mais sofisticados, as notas ganharão um novo design e ficarão mais protegidas. Ainda nesse semestre, serão lançadas as de maior valor, de R$ 50 e R$ 100, que demandam mais segurança contra falsificações.

Nota-se, portanto, que este é um caminho irreversível e, embora o acesso a algumas das várias inovações tenha um custo relativamente alto – o que dificulta a popularização – vem se intensificando as iniciativas em prol da chamada inclusão digital.

Em seu sétimo aniversário,
Revista Regional analisa o impacto da tecnologia na vida das pessoas e antecipa os produtos e serviços que serão a bola da vez nos próximos anos, destacando, especialmente, a tecnologia assistiva.

O conceito de tecnologia assistiva, embora recente, é utilizado para designar todo o arsenal de recursos que contribuem para amenizar as limitações e melhorar a qualidade de vida do portador de deficiência – e também de idosos – ampliando sua acessibilidade e capacidade de comunicação, mobilidade e aprendizagem. Com isso, busca-se um comportamento autônomo e independente.
 
Nessa grande reportagem especial - cuja íntegra pode ser acessada via Rapidshare ou Scribd - também falamos do mercado de automação residencial, além é claro da internet. Por fim, algumas perguntas ficam no ar: "Será que as pessoas estão se tornando reféns da tecnologia?", "até aonde iremos chegar?". Em meio a tantos questionamentos, só há uma certeza: o futuro já começou!

PS: A edição está mais do que especial e traz muitas outras surpresas. Recomendo!


PS 2: ATUALIZAÇÃO -  Um dos meus entrevistados, Murilo Gagliardi, publicou, em sua coluna "Tecnologia em Cena", no portal Itu.com.br, a íntegra das perguntas e respostas que deram origem ao texto final. É só clicar aqui.
 

Sheila Mello e Jota Quest estão entre os destaques da quarta edição da Revista ZZZ


Foto: Marcus Alberti



Ela chegou ao estrelato quando substituiu Carla Perez no grupo “É o Tchan”. Eleita por votação popular, essa leonina nascida em 23 de julho de 1978, permaneceu no grupo por cinco anos e meio. Algum tempo depois que saiu da banda, ela descobriu uma nova paixão – os palcos – e buscou na profissionalização um meio de não deixar seu trabalho tão vulnerável às críticas, que ela garante saber diferenciar.

Cinco anos e dez peças depois de sua estreia no teatro, a atriz faz questão de complementar que também é dançarina. Mais do que isso, deixa claro que tem orgulho de sua história e também de não ter perdido seus valores. No seu mundo cor-de-rosa, Sheila sonha em, daqui a algum tempo, fazer algo que alie as duas atividades que mais ama: dançar e atuar.

Agora contratada da Rede Record, ela foi uma das participantes do Reality “A Fazenda 2”. Depois de recusar o convite para participar do programa na primeira temporada, Sheila – que dizia ter receio de expor sua fragilidade – resolveu enfrentar seu medo. E, pelas revelações que ela fez nessa entrevista exclusiva à ZZZ, parece que essa foi uma decisão acertada. A dançarina conta que essa experiência dilatou todos os seus sentimentos e, com isso, ela conseguiu distinguir o que realmente importa na vida daquilo que é secundário.

Porém, engana-se quem pensa que este foi o único aprendizado de Sheila na casa. Durante a conversa, ela revela como conseguiu superar seu medo de galinhas – que até então lhe pareciam seres extraterrestres – e como as aves se tornaram suas melhores amigas. 
Mas tudo isso é só um aperitivo. Sempre simpática, Sheila aceitou compartilhar conosco um pouco do seu mosaico de lembranças e conversou comigo por telefone, no final de janeiro. A íntegra do bate-papo você confere acessando minha conta no 4shared ou no Scribd.

A edição de fevereiro da ZZZ traz ainda a cobertura completa do carnaval na região e também nos grandes centros, além de destacar a recente passagem de celebridades internacionais pelo Brasil, como Beyoncé e Madonna. 

Para fechar, a gente conta como foi o processo de gravação do CD em espanhol do Jota Quest no estúdio El Pié, na Argentina. Conforme o próprio Flausino antecipou em entrevista publicada na primeira edição da ZZZ, o projeto irá mesclar canções de “La Plata” – o trabalho mais recente – com os principais sucessos da banda. 
No repertório, já estão confirmadas versões de: Só hoje (Solo Hoy); Amor Maior (Amor Mayor), Dias Melhores (Dias Mejores), Seis e Trinta (Alguien para mi soledad), Vem Andar Comigo (Ven a Andar Comigo), entre outras.

O vocalista conta ainda que os refrões originais de algumas faixas serão mantidos , como por exemplo, Na Moral e Encontrar Alguém, já que não é possível vertê-los para o idioma. Embora, até o momento, as informações indiquem que o álbum não será lançado oficialmente por aqui, os fãs brasileiros não têm do que se queixar: em algumas de suas recentes apresentações, a banda tem presenteado o público executando trechos de algumas músicas em espanhol.

Com produção de Mario Breuer (que já trabalhou com Charly Garcia, Ruido Branco, El Matador e outros) e arranjos de corda de Carlos Villavicencio (Fito Paez, Los Pericos, Charly Garcia e outros), o CD deve chegar ao mercado latino – mais especificamente no cone Sul (Argentina, Uruguai e Chile) – ainda nesse semestre.
Então é isso! Tem muito zunzunzum e muitos outros posts vindo por aí...

domingo, 7 de março de 2010

Conheça o projeto "Praia para Todos"


Crédito do Vídeo: Globo.com


Olá meus amigos, tudo bem? Ir à praia sempre foi um dos programas preferidos do brasileiro, especialmente em dias tão quentes como os que estamos vivendo. Embora a minha última ida tenha bastante tempo (tenha certeza de que é mais tempo do que você pensa, risos), lembro-me que ficava num apartamento do último andar de um prédio sem elevador.

Como eu era criança, a tarefa de me carregar não era tão árdua assim, hoje isso seria bem mais pesado. Outra recordação é que sempre alguém tinha que entrar comigo no mar. Trago esse assunto aqui porque, na semana passada, tomei conhecimento de uma iniciativa muito bacana, que vale a pena ser divulgada e, principalmente, copiada. Alô, governantes!

Na novela "Viver a Vida", a personagem Luciana (Alinne Moraes) - que ficou tetraplégica após um acidente - foi a praia com um grupo de amigos e foi assistida pelo projeto "Praia para todos", que tem como objetivo oferecer, além de banho de mar assistido, inúmeras atividades de recreação e lazer, bem como a iniciação ao esporte adaptado, com intuito de potencializar valores e atitudes pessoais e sociais, proporcionando prazerosos momentos de descontração e lazer em pleno ar livre.

O "Projeto Praia para Todos – Lazer e Desporto Adaptado nas Praias Cariocas" é uma iniciativa do "Espaço Novo Ser", tem caráter itinerante e acontece aos domingos das 09:00 às 14:00 horas durante todo verão, contemplando diferentes cenários litorâneos e diferentes comunidades cariocas.
A infraestrutura básica é composta por vagas de estacionamento reservadas nas vias de acesso à praia, rampas de acesso a areia, esteira para passagem de cadeira de rodas, sinalização sonora e piso tátil para pessoas com deficiência visual, banheiros adaptados, cadeiras anfíbias e tendas. 

As atividades programadas e administradas por profissionais especializados se diversificam de acordo com a demanda dos usuários, com destaque para o surf adaptado oferecido pelo surfista consagrado Rico de Souza e o voleibol sentado de praia, a mais nova modalidade paradesportiva, em parceria com Débora Morand, bem como o tradicional futebol e frescobol e a consagrada peteca. 
E claro, como de praxe a piscina infantil, os jogos recreativos e os brinquedos cantados, que a gurizada adora. Assim como os jogos de tabuleiro e de mesa, entre outras atividades, congregando, o que há de mais sagrado dentro do contexto social, o direito de ir (estar) e vir, inclusive na praia, em sua plenitude.

Para permitir o acesso dos cadeirantes à areia é utilizada a esteira Mobi-mat, feita de fibra de plástico trançada e com comprimento de 30 metros. Isso só foi possível graças ao patrocínio da empresa Michelin, que a importou do exterior exclusivamente para o projeto.
Finalmente, aproveito para cumprimentar Manoel Carlos, Alinne Moraes, bem como todo o elenco e equipe da novela, por abordarem esse tema de forma tão oportuna no principal produto da televisão brasileira. Acredito que a trama irá contribuir - e muito - para uma importante reflexão sobre acessibilidade e inclusão. É importante destacar a criação do blog "Sonhos de Luciana", que possibilitará uma interação cada vez maior entre ficção e realidade, marca registrada do autor.

Este blog, daqui por diante, abordará esse tema com mais frequência, como você poderá perceber já nos próximos posts. Afinal de contas, não importa a limitação que você tenha, o importante é viver a vida com plenitude.

Até a próxima!




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